O que é essa palavra tão utilizada no vocabulário da indústria das artes? Royalties significa o valor pago a um artista por alguém que deseja usar publicamente uma obra de sua autoria. Se entrarmos na etimologia, a palavra Royalty está ligada ao conceito de Royal, “algo que pertence ao Rei”. Então, royalties o que é na música? Na prática, é isso que acontece em diversos segmentos. Uma espécie de pagamento ao rei, que é o detentor legal dos direitos de determinado produto. Quando se abre uma franquia, por exemplo, é necessário pagar os Royalties ao dono da marca. É esse pagamento que garante o direito à utilização e comercialização dos seus seus produtos. Em linhas gerais, Royalties é um conceito que está ligado ao direito de uso de um recurso natural, patente, franquia, marca ou produto. Ou seja, se queremos entender sobre Royalties na música – o que é e como funciona – precisamos entender a legislação vigente de Direitos Autorais.
A LEGISLAÇÃO NORTE-AMERICANA E AS CATEGORIAS DE ROYALTIES
Nos Estados Unidos, o pagamento de Royalties aos titulares das músicas é dividido em categorias, sendo as principais: Royalties de compositor - também chamado de royalties de impressão: Este é o primeiro royalty pago ao artista, pois diz respeito à música impressa, ou seja, à criação original. Estamos falando da partitura da canção, antes mesmo de virar um fonograma. Geralmente, é pago ao compositor, mas é bastante comum que ele tenha um contrato de publicação com uma editora. Neste caso, a editora é quem recebe e administra os royalties. Royalties Mecânicos: Já os royalties mecânicos referem-se ao fonograma. O fonograma é a versão gravada da música. Aqui, temos diversos formatos possíveis: CD, DVD, MIDI, jogos e filmes. Até mesmo um toque de celular pode entrar na lista para o pagamento de Royalties. É importante mencionar que, no caso dos fonogramas, outro agente entre em cena: as gravadoras. São as gravadoras que têm a responsabilidade de pagar os royalties aos compositores e editoras. Royalties de Execução: Os Royalties de execução são aqueles que devem ser pagos aos titulares das músicas pela performance da obra. Essa execução pode acontecer em festas, programas de televisão, rádio, bares, cultos religiosos entre outros. Aqui, apenas o compositor e a editora recebem royalties. Royalties de sincronização: Na sincronização, temos aqueles royalties provenientes da utilização da música em trilhas sonoras. Sincronizar significa ajustar perfeitamente som e imagem em um vídeo. Quando isso é feito comercialmente para anúncios de TV, cinema, teatro, é necessário considerar royalties. Royalties Digitais: Os Royalties digitais são os mais recentes e desafiadores, pois surgiram com o aumento da movimentação musical na Internet. Esse tipo de royalty relaciona-se às reproduções digitais, tais como em redes sociais, plataformas de streaming e de distribuição online.THE COPYRIGHT ACT
A Lei Americana que regulamenta as questões que envolvem Direitos Autorais é a “The Copyright Act”, de 1976. Apesar de ter passado por diversas atualizações e emendas, ainda é o documento mais importante que trata da questão. Além disso, os Estados Unidos também participam da Convenção Universal de Direitos Autorais (UCC) e da Convenção de Berna, que discute a proteção das obras artísticas no mundo.PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES ENVOLVIDAS
CONHEÇA AS PROS
A primeira coisa que se precisa saber sobre direitos autorais é que qualquer utilização de uma música para fins públicos envolve a obtenção de uma licença de uso. Esse licenciamento é feito pelas Performing Rights Organizations (PROs). As principais do país são:- SoundExchange,
- ASCAP
- BMI (Broadcast Music, Inc)
- SESAC (Society of European Stage Authors & Composers).
ROYALTIES - O QUE É FAIR USE?
É importante considerar, ainda, o uso do conceito de “fair use”. O fair use abre a possibilidade de utilização de obras livres de royalties, desde que o uso seja limitado e contribua para algum tipo de transformação benéfica para a sociedade. O fair use causa polêmica, mas tem os seus pilares baseados em 4 pontos:- Finalidade do uso – Perfis como o de professores, pesquisadores, críticos e cientistas têm preferência.
- Natureza da obra que se pretende utilizar.
- Percentual da obra utilizado.
- Efeito gerado no mercado, na sociedade e na valorização da obra.